Localizada em uma área periférica de Montevidéu, caracterizada por residências de férias construídas nas primeiras décadas do século XX, (posteriormente convertidas em moradia permanente) esta casa se implanta em um lote remanescente destinado a produção agrícola de escala doméstica.

O projeto original, solicitado por um jovem solteiro, previa uma sala, dormitório e um mezanino para escritório ou eventual quarto de hospedes.

A varanda com churrasqueira atua como articulador dos espaços interiores com o jardim. Para evitar que os pilares interfiram com a continuidade espacial do conjunto, a estrutura metálica foi concebida em balanço com um contrapeso cilíndrico de concreto.

Devido às restrições econômicas, o projeto foi concebido com estrutura de alvenaria e lajes pré-fabricadas, e para as paredes externas utilizou-se pedra de descarte de uma pedreira próxima.

A casa se implanta na área frontal do terreno, aproveitando a presença de numerosas árvores que proporcionam um adequado conforto ambiental e no entorno libera uma grande área verde.

A piscina, localizada na borda direita do terreno, aproveita a água de um pequeno córrego que percorre o lote no sentido sul-norte.

Onze anos depois de terminada a construção, foi solicitada uma ampliação para atender às novas necessidades familiares. Perto do acesso, no setor sudoeste da casa, foram acrescentados dois dormitórios e um banheiro.

A ampliação –já prevista no projeto original- se propõe como uma pequena edificação térrea com identidade própria que dialoga em termos de cores e materiais com a casa existente.

A simplicidade da organização espacial dispensa maiores análises: no primeiro projeto o partido arquitetônico era constituído por uma cobertura única ao longo de um eixo horizontal. Observando a planta tem-se a nítida leitura da ampliação no momento que tiveram de ser implantados os novos dormitórios. A planta concisa corresponde igualmente a uma solução estrutural objetiva e econômica.