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CASA VILA MADALENA 1

INÍCIO DO PROJETO

2009

2011

CONCLUSÃO DA OBRA

412

M² CONSTRUÍDOS

Local: Vila Madalena, São Paulo-SP
Data de inicio do projeto: 2009
Data de conclusão da obra: 2011
Área total do terreno: 420 m²
Área total construída: 410 m²
Projeto por: Drucker Arquitetura
Projetos e Instalações Elétricas e Hidráulicas: Evolution Projetos e Instalações ltda.
Projeto de cálculo estrutural: OPS Engenharia S/C ltda
Projeto de Fundações: Eng.º Ferdinando Ruzzante
Paisagismo: Alalou Paisagismo
Gerenciamento de obra: Arq.º Marco Antônio Garibaldi
Fotos: Leonardo Finotti

Criando ambientes de transparência velada como jardins, pátios com pérgulas, e aberturas protegidas parcialmente por brises, a arquitetura propiciou aos moradores insolação, ventilação e a privacidade desejadas.


Implantada na Vila Madalena, zona oeste paulistana, local de intensa movimentação social e cultural, essa residência de 400 m² foi projetada para um casal com três filhos pequenos. O bairro apresenta grande heterogeneidade morfológica, marcada por construções de usos, gabaritos e características diversos. Antigas casas e altos edifícios residenciais disputam espaços com cafés, bares, restaurantes, livrarias, escolas, ateliês, salas de exposição.


Ainda recém-casados, os jovens proprietários solicitaram a ajuda para a escolha de um terreno e posterior construção de casa na Vila Madalena, onde os dois sempre viveram. Ao percorrerem o bairro, constataram que eram poucos os terrenos livres, e geralmente muito íngremes. Por fim, encontraram o lote desejado, plano e vazio, com 14 m x 30 m, que fazia divisa posterior com um alto edifício residencial.


Desde então, foram três anos e meio entre a compra do terreno e o término da construção. Neste tempo, o casal teve três filhos e se convenceu de que o projeto deveria ter uma interação importante e objetiva com o entorno. "A integração e a otimização dos espaços passou a ser fundamental", conta Monica Drucker.


O projeto ocupa o terreno inteiramente. Como havia necessidade de espaços, luz e ar, as laterais foram ajardinadas, e a casa abre-se para o verde, tornando tênue a distinção entre interior e exterior. Projetada em "L" e com dois pavimentos, a casa tem o térreo ocupado por espaços de estar, jantar e TV, cozinha, churrasqueira e forno a lenha, depósitos, dependência de empregados, garagem, sauna, jardins e pátios; e no piso superior, três amplas suítes, sala íntima e varanda.


As grandes esquadrias de vidro de pé-direito duplo estão abertas para as duas laterais da casa, uma delas protegida por brises, permitindo uma boa entrada de luz, apesar do edifício ao fundo. A área da churrasqueira, uma das exigências do casal, tornou-se ambiente de refeições cotidianas, com passa-prato para a cozinha. Seu uso é mantido mesmo nos dias de festa, quando o espaço é ampliado com a abertura total das portas para o jardim lateral e para a sala.


No pavimento superior, as três suítes ficam integradas por uma varanda coberta com pérgula e recoberta de vidro. Este espaço claro e agradável, além de proporcionar a necessária privacidade aos dormitórios em relação ao prédio vizinho, tornou-se útil para as crianças, que podem brincar em segurança no local. Uma passarela protegida por guarda-corpos de vidro leva às suítes, passando entre a lateral da escada e a sala íntima.


Inverteu-se os usos consagrados de certos materiais em residências: nas salas, o piso recebeu concreto usinado com resina e, na área externa, junto ao jardim, piso de madeira tipo deck. O projeto busca confundir a noção de interno/externo com vidros que se refletem uns nos outros, planos de alvenaria que, pelos vidros, continuam de dentro para fora, apresentando a mesma textura do exterior (argamassa tipo cimentado da Terracor).


Revestimentos de madeira cumaru tipo deck e pedra moledo são usados em continuidade nos ambientes, como painéis, de dentro para fora. A pedra moledo usada na garagem penetra pelo hall social e chega à sala de jantar. A cobertura da garagem é a laje de piso, em balanço, das suítes do andar superior. Na fachada, a horizontalidade é realçada pela generosa janela de correr, também de cumaru, que protege as aberturas envidraçadas. Para evitar os altos muros claustrofóbicos comuns nas grandes cidades e preservar a visão do entorno, a arquiteta projetou, como divisa para a rua, um portão com ripas de madeira cumaru, deixando os muros apenas nas laterais ajardinadas.





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