Em uma cidade marcada pela fragmentação urbana, as vilas surgem como uma resposta inteligente aos desafios da vida contemporânea. Pequenos conjuntos de casas geminadas, com dois ou três pavimentos e uma relação sutil com a rua, têm sido por décadas uma solução para qualificar diversos bairros de São Paulo.

Este projeto retoma esses princípios de integração urbana, com casas que dialogam com a quadra e valorizam a rua onde estão inseridas. A implantação do conjunto respeita três premissas: preservar a vegetação existente, adaptar-se à topografia do terreno e aproveitar ao máximo as vistas.

O condomínio, composto por seis casas, ocupa um terreno em aclive (com inclinação média de 15%), resultando em um desnível de quase três metros entre o térreo e o primeiro pavimento. Com área total de 2.100m², cada casa possui 380m² de área construída, totalizando 2.400m² incluindo guarita e áreas de serviço.

O térreo abriga hall social, garagem, depósito e áreas de serviço, com acesso direto à rua interna do condomínio. Nos fundos, uma parede de arrimo funciona como fundação para o pavimento superior, criando um nível mais elevado em relação à rua.

No pavimento superior, encontram-se as salas, cozinha, lavabos, varanda com churrasqueira e piscina. A topografia do terreno permitiu que as piscinas fossem integradas à área de estar, criando um ambiente de convivência mais próximo da natureza e com vistas privilegiadas para o entorno arborizado.

As amplas aberturas das salas e cozinhas proporcionam excelente iluminação natural e enquadram a paisagem verde do bairro. O mesmo ocorre no pavimento superior, onde estão localizadas as quatro suítes, todas bem iluminadas e ventiladas. Neste projeto, a arquitetura dialoga com a topografia, resultando em um conjunto harmonioso e eficiente.