O projeto original, realizado na década de 50 pelo arquiteto García Pardo, foi construído para abrigar as instalações de um periódico. Dentro do edifício, o painel rotativo ocupa o espaço único do piso térreo - posteriormente alterado - e o setor administrativo o andar superior, cujo acesso era feito através de uma escada que parte do acesso principal.

Esta intervenção - produto de um concurso convocado pelo Ministro de Cultura - responde às novas exigências programáticas: um auditório, duas salas de exposição, dois espaços de uso múltiplo, apelando a critérios de flexibilidade espacial e liberdade programática.

A proposta se fundamenta no respeito pelas características do espaço preexistente e na necessidade de criar uma estrutura espacial que admita o enriquecimento dos conteúdos funcionais previstos.

Assim, o piso térreo é concebido como um espaço unitário que pode ser organizado de diversos modos em função de operações simples com equipamentos fixos, enquanto o piso superior alberga os escritórios administrativos.

A fachada resolve-se mediante a incorporação de um grande plano de vidro que durante o dia reflete a atividade da rua e à noite revela ao exterior as atividades culturais que acontecem no edifício.

Via Revista ELARQA 31, Agosto 1999.