PÍER
INÍCIO DO PROJETO
2003
2003
CONCLUSÃO DA OBRA
M² CONSTRUÍDOS
Local: Ilha Bela - SP
Data de inicio do projeto: 2003
Data de conclusão da obra: 2003
Projetado por: Drucker Arquitetura
Construção por: Daisy Piacentini
Projeto de Estrutura: Carlos Petermann
A arquitetura náutica dos anos 1920, de influência art déco, inspirou Monica Drucker no projeto do píer em Ilhabela, litoral norte paulista. As fortes ressacas marítimas na região determinaram a necessidade de fundações reforçadas e de vigas de concreto entrecruzadas para sustentar o deque de madeira.
A cobertura em balanço, semelhante a um convés, sombreia o espaço, que também funciona como
mirante e área de pesca.
A força das marés já havia destruído por três vezes o píer de madeira da residência de veraneio. Sua reconstrução estava condicionada ao emprego de soluções técnicas que impedissem, ou ao menos limitassem, os danos, especialmente durante as fortes ressacas que ocorrem na região.
“A água deveria bater e passar pelo piso para não
destruí-lo novamente”, explica Monica.
Das antigas construções, restavam apenas as fundações, com três tubulões fixados nas pedras. Como estavam em boas condições, estes puderam ser incorporados à nova estrutura, cuja peça principal é o pilar central, com 75 centímetros de diâmetro.
Ele é amarrado aos preexistentes por vigas de concreto entrecruzadas que servem de base ao novo deque de madeira, protegido pelo guarda-corpo de alumínio com pintura eletrostática.
Esse grande pilar dá partida para a cobertura em balanço, executada em concreto e com 18 centímetros de espessura, formando um volume único que se assemelha a um convés. A cobertura sombreia o espaço para permitir que o proprietário tenha mais conforto durante suas pescarias e aproveite-o como área de descanso e mirante, tirando partido da vista para o canal de Ilhabela.
A estrutura é protegida por pintura epóxi, mais resistente às intempéries. Mesmo assim, a cada três anos o concreto deverá passar por obras de manutenção, a fim de evitar a exposição das ferragens.
Própria para uso naval, a madeira garoupeira lixada e protegida por selante aparece no deque de ripas com um centímetro de espaçamento entre si, de modo que a água atravesse o piso livremente, sem arrancá-lo do lugar.
As luminárias são fixadas com conduítes flexíveis e braçadeiras de alumínio.
Texto resumido a partir de reportagem de Nanci Corbioli publicada originalmente em PROJETODESIGN - Edição 288 em fevereiro de 2004.