PAVILHÃO SOCIAL PARAISÓPOLIS
INÍCIO DO PROJETO
2014
2018
CONCLUSÃO DA OBRA
2620
M² CONSTRUÍDOS
Local: Paraisópolis, São Paulo - SP
Ano de inicio do projeto: 2014
Ano de conclusão da obra: 2018
Área de Construção: 3.865m²
Arquitetos responsáveis: Anália Amorim, Ciro Pirondi e Ruben Otero
Equipe De Projeto: Adda Ungaretti, Camila Dibaco, Gabriela Callejas, Roseli Azevedo e Nicholas Rottmann
Fotografia: Tiago Queiroz, André Lucas e Ruben Otero
A ARQUITETURA NA LUTA PELA VIDA
O Pavilhão Social faz parte dos projetos previstos no Plano Diretor de Paraisópolis 2010-2025 elaborado pela equipe para a Prefeitura do Município de São Paulo.
O objetivo inicial do projeto era o de relocar alguns programas educativos e sociais cujas sedes tiveram que ser removidas por conta das obras de infraestrutura ou por estarem em áreas de risco.
Após alguns anos sem atender o uso previsto inicialmente, o brote da pandemia do Covid-19 fez que a população da favela (entorno de 100.000 habitantes) se organizasse para tomar as providencias necessárias por conta da inação do governo nacional.
Nesse novo cenário o Pavilhão se transformou em uma peça fundamental. Por conta de sua condição de espaço coberto, porém aberto e bem ventilado, o Pavilhão conseguiu reunir todas as atividades de luta contra a pandemia.
Nele se organizaram aulas de formação sanitária das lideranças comunitárias de quadra para o esclarecimento das medidas a serem tomadas pela população; se montou uma cozinha para elaborar comidas de qualidade para distribuir à população mais vulnerável que tinham perdido seus trabalhos no processo de isolamento social; foi montado um atelier de elaboração de máscaras faciais para doar aos moradores mais necessitados.
Hoje, com a situação mais controlada, o Pavilhão assumiu também um rol cultural. Seu espaço central é sede de exposições de arte e fotografia; no mezanino foram retomados os ensaios corpo de ballet de Paraisópolis. Depois da tragédia, uma bela metáfora do renascimento da vida.
*A taxa de mortalidade média do município de São Paulo é de 56,2 pessoas cada 100.000 habitantes; no caso de Paraisópolis taxa é de 21,7 demonstrando o êxito estratégia de controle comunitário.
Fonte: Instituto Polis