Instalada no alto do morro do Morumbi, entre as muitas árvores remanescentes do local, a casa se estende para a paisagem da cidade. A construção é uma investigação de ideia de varanda como espaço fluído e sua expressão abstrata como um mecanismo de filtro e sombra.

A residência convida à contemplação da paisagem, com varandas, janelas amplas, enquadramentos que recortam a vista da Marginal Pinheiros e da Ponte Estaiada (Octavio Frias), mas sem abrir mão da ambientação aconchegante, embora a escala doméstica seja relativamente grande (a casa tem 1.000m² de área construída).

O padrão de circulação convida os ocupantes a irem para fora, para os deques de madeira. Os amplos caixilhos de vidro enfatizam a continuidade entre o interior e exterior.

Os ambientes de sala de TV, sala de almoço e escritório, se revelam por detrás de altas portas de madeira pintadas de branco, totalmente retráteis a fim de que todos os ambientes possam se integrar como um grande loft.

A casa conta ainda com tratamento especial de esgoto (Mizumo), captação de energia solar, ventilação cruzada, janelas com tratamento térmico (miolo de poliuretano), isolamento térmico de poliestireno em algumas faces, controle digital de iluminação, madeira certificada, reservatório de águas pluviais para reuso, entre outras medidas de arquitetura verde.